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sábado, 21 de julho de 2012

M7 - Aglomerado de Ptolomeu - NGC6475.

Aproveitando o céu razoável, com uma tênue névoa.
O mak90 ficou aclimatando por mais de uma hora e isso realmente dá diferença na observação.
O alvo desta madrugada foi outro agloemerado aberto do Escorpião e bem ao lado de M6 e das estrelas Shaula e Lesath.

M7 - Aglomerado de Ptolomeu

M7 campo de visão da ocular - 31x de aumento
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M7 é um aglomerado aberto muito brilhante e grande, de muito fácil localização e visualização. Um céu com pouca PL ( Poluição Luminosa), permite localizar M7 muito facilmente, a olho nu, como uma pequenina nebulosidade no céu bem próximo às estrelas Shaula e Lesath.
Com a ajuda de um binóculo fica muito fácil e é uma bela visão do formato do aglomerado.
M7 também é muito conhecida como Aglomerado de Ptolomeu, pois ele teria dito que "é uma nebulosa formada pela picada do escorpião".
Hodierna, em 1654 contou 30 estrelas no agloemrado. M7 também foi observado por Halley, 1678, e por Lacaile, 16??, ambos catalogaram esse aglomerado em seus catálogos de estrelas do Sul. Messier incluiu este objeto  em seu catálogo,em 1764,  como o de número 7.
M7 possui cerca de 80 estrelas, está a 800 anos luz de distância, tamanho aparente de 80 min de arco ( 1,20min de arco), e sua magnitude de +3,3.
A estrela mais brilhante é uma gigante amarela de tipo espectral G8 com magnitude de 5,6. Ela realmente se destaca na observação visual.



O desenho de hoje, abaixo, foi confeccionado através da observação do telescópio maksutov 90mm da skywatcher e apesar da pouca abertura e da pequena nebulosidade o resultado foi bom devido M7 ser um objeto bem brilhante.

m7

Material usado no desenho:

1. telescópio maksutov 90mm f 1250mm;
2. tripé em alumínio e montagem equatorial germânica;
3. diagonal dialétrica Willian Optics de 1,25'',
4. ocular super ploss 40mm (31,25 x de aumento);
5. buscadora 8x50 GSO com prisma eretor,
6. binóculo Orion WP 10x50.

7. papel Canson 200g/m2 cor creme;
8. lápis steadtler Mars lumograf do H ao 8B,
9. borrachas , apontador, compasso e esquadros.

a parte correspondente ao campo de visão da ocular teve as cores invertida no GIMP.

Local: São Paulo, 21 de Julho de 2012.
Início  02:05h hora local, término 02:35 hora local ( +3 horas para UTC ).
10° C, ausência de vento, névoa tênue e grande poluição luminosa.
Bom limite visual.




sexta-feira, 20 de julho de 2012

Desenho de M6 publicado no ASOD.

O desenho que fiz neste mês de Julho/12, do aglomerado aberto M6 ou Aglomerado da Borboleta, foi publicado no ASOD ( Astronomy Sketch of the Day), sob o título: 'O vôo da borboleta".
Tenho outros desenhos publicados nesse site e isso, além de outras coisas, faz com que eu me dedique mais e com mais qualidade à essa atividade prazerosa.
Faço esses desenhos por paixão à observação visual, faço para mim mesmo e por me dar momentos de relaxamento e prazer.
Eu poderia fazer os desenhos e simplesmente guardar numa pasta, mas decidi exibi-los na internet para mostrar que é possível observar o céu aqui de São Paulo, com um equipamento pequeno, barato e portátil. 
Acho que a internet atinge muitas pessoas e assim consigo transmitir um pouco do pouco que sei e ao mesmo tempo servir de incentivo para outras pessoas.
Agradeço mais uma vez ao pessoal do ASOD por mais esta publicação.



sábado, 14 de julho de 2012

M6 - Aglomerado da Borboleta ( NGC6405).

Finalmente um céu limpo e com ausência de Lua, palco perfeito para mais um astrodesenho.
Escorpião estava já iniciando seu mergulho no horizonte OSO (Oeste-Sudoeste), mas  M6 ainda estava em uma boa altura.

M6 - Aglomerado da Borboleta

campo da ocular - M6

M6 é um dos objetos catalogados por Charles Messier.

Charles Messier procurava cometas com seus telescópios  e toda e qualquer névoa ou mancha no céu noturno era observado pelo Messier para constatar ser ou não um cometa. Conforme ele observava o objeto e verificava que não era cometa ,  ele catalogava o objeto e ao final do seu trabalho tinha um belo catálogo de objetos deep sky.
O catálogo de Charles Messier faz sucesso entre os astrônomos amadores por se conter objetos muito brilhantes, fáceis de achar e observar. Alguns são observáveis até de binóculo e em locais escuros a olho nu.

Alguns objetos recebem nomes pitorescos, como por exemplo Aglomerado da Borboleta ou Butterfly Cluster, outro recebe o nome de aglomerado de Ptolomeu, outro de nebulosa da Hélice, outro nebulosa da lagoa , etc.

M6 é um aglomerado de estrelas do tipo aberto, e a disposição das estrelas, no nosso ângulo de visão, lembra uma borboleta. M6 está distante do Sol 1.600 anos luz, tem um tamanho aparente de 25 minutos de arco e possui magnitude de 4.2, ou seja, visível a olho nu em céu razoavelmente escuro.
M6 é facilmente observável por binóculo e telescópio de pequena abertura ( 90mm de objetiva).
Localiza-se na constelação do Escorpião, constelação típica de inverno.


N.A.Sharp, Mark Hanna, REU program/NOAO/AURA/NSF

Aglomerado da Borboleta- M6
Cred. N.A.Sharp, Mark Hanna, REU program/NOAO/AURA/NSF

Numa fotografia, como na bela foto acima, o sensor da máquina fica exposto por vários minutos recebendo luz e isso possibilita o registro de estrelas que não conseguimos visualizar, principalmente após o processamento da fotografia através de softwares de edição de imagens.
O desenho abaixo representa fielmente o que observo através de uma ocular do telescópio, e as variantes atmosfera, poluição luminosa e pequena abertura do telescópio influem no resultado do desenho, pois vejo menos estrelas que as registradas na foto acima.
Como o desenho é feito com grafite não consigo representar as cores das estrelas.
Os dois grandes charmes deste aglomerado são o seu formato aparente de borboleta e a estrela alaranjada brilhante que se destaca muito no aglomerado.


Desenho de M6
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"O Vôo da borboleta"

Material utilizado:

Desenho:
  • Canson creme de 200g/m2, A4;
  • Diversos lápis Staedtler tipo Mars Lumograph ( do HB ao 8B);
  • Compasso Staedtler, borracha, limpa-tipos e esfuminho;
  • Prancheta e lanterna vermelha.  
Óptico:
  • Telescópio maksutov de 90mm com distância focal de 1250mm, montagem equatorial EQ1 e tripé em alumínio;
  • Ocular superploss de 40mm ( 31,25 x de aumento);
  • luneta buscadora GSO 8x50;
  • Binóculos Orion 10x50.

Como achar este objeto no céu noturno?
Passos:

1. Localize o Cruzeiro do Sul que por estes dias já estará deitado. Tome a estrela inferior do madeiro maior ( imaginando a cruz de pé). A partir dessa estrela ( beta crucis), trace uma reta imaginária até a nais brilhante guardiã do Cruzeiro ( alpha crucis).

2. A partir de Rigel Kentaurus, ou alpha crucis, trace outra reta longa até duas estrelas bem brilhantes no alto do céu. Elas parecem estar bem próximas formando uma dupla aparente. Estas duas estrelas são Shaula e Lesath ( upisilon scorpii e lambda scorpii ).

3. Pronto, localizadas essas duas estrelas fica bem fácil, com um binóculo achar um pequenino aglomerado de estrelas. Quanto maior a objetiva do instrumento óptico melhor será a observação do objeto.
Em locais com pouca poluição luminosa ou com ausência pode-se visualizar facilmente duas manchas fortes nessa região, a mais fraca dela é M6 a mais forte é M7, nosso próximo alvo.

A :  A letra A indica a estrela Antares ( alpha scorpii), a estrela mais brilhante da constelação.

Obs. Não use binóculos com zoom, não funciona para astronomia.

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Glossário:

Charles Messier

Aglomerado de estrelas aberto